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quinta-feira, 25 de setembro de 2025

Como montar uma carteira diversificada de Investimentos

 

Montar uma carteira diversificada é essencial para reduzir riscos e aumentar as chances de bons retornos no longo prazo. Vou te dar algumas dicas práticas para começar:

1. Defina seu perfil de investidor

  • Conservador: prefere segurança e liquidez, aceita menor retorno.
  • Moderado: busca equilíbrio entre risco e retorno.
  • Arrojado: aceita maior volatilidade em busca de ganhos maiores.

👉 Isso vai orientar quanto você coloca em renda fixa, variável e outros ativos.

 2. Diversifique entre classes de ativos

Não concentre tudo em uma só categoria:

  • Renda fixa: Tesouro Selic, CDBs, LCIs/LCAs → segurança e liquidez.
  • Ações: empresas sólidas (blue chips) + algumas de crescimento.
  • Fundos Imobiliários (FIIs): boa para gerar renda mensal e diversificação.
  • Internacional: ETFs ou BDRs para reduzir risco Brasil.
  • Alternativos (opcional): cripto, ouro, private equity → pequena parte.

 3. Distribua em setores diferentes

  •  Em ações/FIIs, não coloque tudo em bancos ou só em varejo.
  •  Busque setores distintos: energia, saúde, tecnologia, consumo, imóveis etc.
  •  Isso reduz impacto caso um setor sofra.

 4. Pense no prazo dos seus objetivos

  • Curto prazo (até 2 anos) → liquidez e segurança (Tesouro Selic, CDB liquidez diária).
  • Médio prazo (2 a 5 anos) → títulos prefixados, fundos multimercado, FIIs.
  • Longo prazo (5+ anos) → ações, ETFs, previdência, imóveis.

5. Rebalanceie periodicamente

  •  Revise sua carteira a cada 6 ou 12 meses.
  •  Se um ativo valorizou demais e desequilibrou a proporção, venda um pouco e realoque.

Exemplo simplificado de carteira (perfil moderado)

  • 40% Renda fixa (Tesouro Selic + prefixado)
  • 30% Ações/ETFs Brasil
  • 15% FIIs
  • 10% Internacional (ETF S&P 500, Nasdaq, BDRs)
  • 5% Ouro/cripto



quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Como funciona a Bolsa de Valores na prática


Vou te explicar de forma simples e prática como funciona a Bolsa de Valores

-O que é a Bolsa de Valores?

A Bolsa de Valores é um ambiente organizado onde empresas oferecem partes do seu capital (ações) para investidores, e onde essas ações podem ser compradas e vendidas diariamente. No Brasil, a principal é a B3 (Brasil, Bolsa, Balcão).

Como funciona na prática?

1. Abertura de capital (IPO)

  •     Uma empresa decide abrir seu capital para captar dinheiro.
  •     Ela lança suas ações no mercado (Oferta Pública Inicial – IPO).
  •     Os investidores compram essas ações, e o dinheiro vai para a empresa investir em expansão, dívidas, projetos etc.

2. Negociação diária

  •     Depois do IPO, as ações passam a ser negociadas livremente na Bolsa.
  •     Pessoas e instituições compram e vendem ações todos os dias.
  •     O preço sobe ou desce de acordo com a lei da oferta e demanda: se muita gente quer comprar, o preço sobe; se muita gente quer vender, o preço cai.

3. Participação do investidor

   * Quem compra uma ação vira sócio da empresa (mesmo que uma parte bem pequena).

   * Pode ganhar de duas formas:

  •      Valorização das ações → se comprou barato e vendeu mais caro.
  •      Dividendos → parte do lucro que algumas empresas distribuem aos acionistas.

4. Intermediários

  •     Para investir, não se vai direto à Bolsa.
  •     É preciso abrir conta em uma corretora de valores, que conecta você à B3.
  •     A corretora disponibiliza plataformas (home broker ou apps) para enviar ordens de compra e venda.

5. Índices de referência

  •     Para acompanhar o “humor do mercado”, existe o Ibovespa, que mede a média de desempenho das ações mais negociadas da Bolsa.
  •     Se o Ibovespa sobe, significa que, em média, as principais ações subiram.

 Exemplo prático:

Imagine que a ação da Petrobras (PETR4) está custando R\$ 30,00.

  •  Você compra 100 ações = R\$ 3.000.
  •  Se o preço sobe para R\$ 35,00 você vende e recebe R\$ 3.500 → lucro de R\$ 500.
  •  Se o preço cai para R\$ 25,00 e você vende, recebe R\$ 2.500 → prejuízo de R\$ 500.
  •  Se a empresa pagar R\$ 1 de dividendo por ação, você ganha R\$ 100 só por ter mantido as ações.

Além de ações, na Bolsa também se negocia:

  •  Fundos Imobiliários (FIIs)
  •  ETFs (fundos de índice)
  •  Renda fixa (títulos públicos e privados)
  •  Derivativos (opções, contratos futuros)

 Em resumo: a Bolsa é como um grande mercado de ativos. Você compra e vende partes de empresas (e outros investimentos), assumindo riscos, mas também tendo potencial de ganho.

 Existem várias estratégias usadas pelos investidores na Bolsa, cada uma com objetivos, riscos e prazos diferentes. Vou resumir as principais:

 1. Buy and Hold (Comprar e Segurar)
  • Como funciona: o investidor compra ações de boas empresas e mantém por anos, acreditando no crescimento delas.
  • Objetivo: valorização no longo prazo + recebimento de dividendos.
  • Exemplo: comprar ações da Vale, Ambev ou Itaú e segurar por 5, 10, 20 anos.
  • Perfil: investidor paciente, foco em construção de patrimônio.
 2. Dividendos (Renda Passiva)

  • Como funciona: investir em empresas que pagam bons dividendos regularmente.
  • Objetivo: criar uma renda extra com os lucros distribuídos.
  • Exemplo: bancos, elétricas e empresas de saneamento costumam ser boas pagadoras.
  • Perfil: investidor que busca estabilidade e renda contínua.
3. Day Trade
  • Como funciona: compra e venda de ações (ou contratos) no mesmo dia, tentando lucrar com pequenas variações de preço.
  • Objetivo: ganhos rápidos em operações curtas.
  • Exemplo: comprar PETR4 às 10h por R\$ 30,00 e vender às 11h por R\$ 30,20.
  • Perfil: exige tempo, experiência, disciplina e alto controle emocional.
  • Alto risco: a maioria perde dinheiro no longo prazo.
4. Swing Trade
  • Como funciona: operações que duram dias, semanas ou até poucos meses, aproveitando movimentos de alta ou queda.
  • Objetivo: capturar tendências de curto/médio prazo.
  • Exemplo: comprar uma ação em tendência de alta e vender semanas depois.
  • Perfil: investidor que acompanha o mercado regularmente e aceita riscos moderados.
5. Position Trade
  • Como funciona: manter uma posição por meses ou até anos, mas com visão mais técnica que o buy and hold.
  • Objetivo: aproveitar grandes movimentos de mercado.
  • Exemplo: comprar ações em ciclos de alta das commodities e vender quando atingirem o topo.
  • Perfil: investidor que une análise técnica e fundamentalista.
 6. Value Investing (Investimento em Valor)
  • Como funciona: procurar ações que estão “baratas” em relação ao valor real da empresa.
  • Objetivo: comprar bons negócios descontados e lucrar quando o mercado reconhecer o valor.
  • Exemplo: seguir a filosofia de Warren Buffett.
  • Perfil: investidor analítico e paciente.
 7. Growth Investing (Apostas em Crescimento)
  • Como funciona: investir em empresas com alto potencial de crescimento, mesmo que ainda não deem tanto lucro.
  • Objetivo: ganhar com a forte valorização das ações no futuro.
  • Exemplo: empresas de tecnologia, startups listadas, e-commerce.
  •  Perfil: quem aceita mais risco em troca de maior potencial de retorno.
 8. ETFs e Fundos Imobiliários
  • Como funciona: ao invés de escolher ações individuais, o investidor compra cotas de fundos que replicam índices (ETFs) ou fundos que investem em imóveis (FIIs).
  • Objetivo: diversificação e praticidade.
  • Exemplo: BOVA11 (réplica do Ibovespa) ou HGLG11 (fundo de galpões logísticos).
  • Perfil: ideal para quem quer começar com simplicidade.
Resumo prático dos perfis:
  • Longo prazo (patrimônio) → Buy and Hold, Dividendos, Value Investing.
  • Curto prazo (movimento rápido) → Day Trade, Swing Trade, Position Trade.
  • Diversificação e praticidade → ETFs, FIIs.
  • Alto potencial com risco maior → Growth Investing.


segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Taxas do Tesouro Direto abrem setembro no maior patamar desde abril de 2025

 


Remuneração do Tesouro IPCA+ 2040 atinge máxima e provoca forte prejuízo com marcação a mercado.


Os investimentos de renda fixa começaram o mês de setembro de 2025 a todo vapor, já que nesta segunda-feira (1º) as taxas no Tesouro Direto chegam a bater patamares que não eram vistos desde meados de abril.

Prova disso é o que acontece com a remuneração do Tesouro IPCA+ 2040, que atualmente oferece retorno de IPCA+ 7,28% ao ano, bem acima dos juros compostos de IPCA+ 7,13% ao ano ofertados na sexta-feira (29), último pregão de agosto.

Não só esse juro real beirando os 7,30% ao ano se assemelha com as máximas disponíveis há quatro meses, como essa disparada das taxas no Tesouro Direto destrava fortes prejuízos na marcação a mercado, ao investidor que decide resgatar antecipadamente o dinheiro emprestado ao governo brasileiro.

O próprio preço unitário do Tesouro IPCA+ 2040 derrapou de R$ 1.629,19 na sexta-feira passada para os atuais R$ 1.596,01. Ou seja, houve uma desvalorização de −2% em apenas um pregão.


Como investir no Tesouro Direto?

Para o analista Rafael Passos, da Ajax Asset, essa volatilidade maior das taxas no Tesouro Direto no curto prazo pode estar relacionada com questões políticas pesando no prêmio de risco oferecido aos investidores dispostos a financiar os cofres públicos.

"Tanto integrantes do governo Lula quanto aliados de Jair Bolsonaro acreditam que uma eventual condenação do ex-presidente provocará uma nova leva de sanções por parte de Donald Trump contra o Brasil, tanto na esfera econômica quanto a ministros do STF", salienta o especialista.

Vale lembrar também que o resultado primário do setor público em julho de 2025 revelou um déficit de R$ 66,6 bilhões, pior que o saldo negativo de R$ 60,6 bilhões esperado pelo consenso de economistas. 

"O quadro fiscal é bastante preocupante, sobretudo pela geração de déficits nominais elevados e crescimento contínuo dos indicadores de endividamento, tendência que deve se manter ao longo dos próximos anos. Sem âncora fiscal, nesse ritmo de crescimento desacelerando, a inflação continuará acima da meta, caindo de forma bem mais lenta que poderia, e a taxa de juros mais alta, com pouco espaço para cortes", alerta Passos.         

Caso o cenário de juros elevados por mais tempo e inflação persistente se confirme no Brasil, o Tesouro Selic segue como um dos títulos públicos mais competitivos, dado que seu rendimento acompanha a variação da taxa Selic, além de ter liquidez diária

Acompanhe a seguir os preços e as rentabilidades dos títulos públicos no Tesouro Direto na tarde do dia 1º de setembro de 2025:

Títulos pré-fixados

  • Tesouro Prefixado 2028 = Aporte mínimo de R$ 7,48 (Rentabilidade: 13,28% ao ano)
  • Tesouro Prefixado 2032 = Aporte mínimo de R$ 4,42 (Rentabilidade: 13,82% ao ano)
  • Tesouro Prefixado com juros semestrais 2035 = Aporte mínimo de R$ 8,25 (Rentabilidade: 13,94% ao ano)

Títulos pós-fixados

  • Tesouro Selic 2028 = Aporte mínimo de R$ 172,46 (Rentabilidade: Selic + 0,0500% ao ano)
  • Tesouro Selic 2031 = Aporte mínimo de R$ 171,68 (Rentabilidade: Selic + 0,1058% ao ano)

Títulos indexados à Inflação

  • Tesouro IPCA+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 34,46 (Rentabilidade: IPCA + 7,79% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 15,96 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 8,30 (Rentabilidade: IPCA + 7,09% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2035 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 41,58 (Rentabilidade: IPCA + 7,58% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2045 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 40,14 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
  • Tesouro IPCA+ 2060 (com juros semestrais) = Aporte mínimo de R$ 38,53 (Rentabilidade: IPCA + 7,28% ao ano)

Títulos para aposentadoria extra

  • Tesouro Renda+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 17,91 (Rentabilidade: IPCA + 7,36% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 12,84 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 9,21 (Rentabilidade: IPCA + 7,16% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2045 = Aporte mínimo de R$ 6,59 (Rentabilidade: IPCA + 7,12% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2050 = Aporte mínimo de R$ 4,70 (Rentabilidade: IPCA + 7,11% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2055 = Aporte mínimo de R$ 3,31 (Rentabilidade: IPCA + 7,13% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2060 = Aporte mínimo de R$ 2,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,14% ao ano)
  • Tesouro Renda+ 2065 = Aporte mínimo de R$ 1,66 (Rentabilidade: IPCA + 7,14% ao ano)

Títulos para custear estudos

  • Tesouro Educa+ 2026 = Aporte mínimo de R$ 36,72 (Rentabilidade: IPCA + 8,06% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2027 = Aporte mínimo de R$ 34,19 (Rentabilidade: IPCA + 7,90% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2028 = Aporte mínimo de R$ 31,85 (Rentabilidade: IPCA + 7,79% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2029 = Aporte mínimo de R$ 29,67 (Rentabilidade: IPCA + 7,72% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2030 = Aporte mínimo de R$ 27,63 (Rentabilidade: IPCA + 7,67% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2031 = Aporte mínimo de R$ 25,76 (Rentabilidade: IPCA + 7,62% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2032 = Aporte mínimo de R$ 24,06 (Rentabilidade: IPCA + 7,56% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2033 = Aporte mínimo de R$ 22,52 (Rentabilidade: IPCA + 7,49% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2034 = Aporte mínimo de R$ 21,07 (Rentabilidade: IPCA + 7,44% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2035 = Aporte mínimo de R$ 19,73 (Rentabilidade: IPCA + 7,39% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2036 = Aporte mínimo de R$ 16,46 (Rentabilidade: IPCA + 7,35% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2037 = Aporte mínimo de R$ 17,27 (Rentabilidade: IPCA + 7,32% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2038 = Aporte mínimo de R$ 16,16 (Rentabilidade: IPCA + 7,29% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2039 = Aporte mínimo de R$ 15,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,27% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2040 = Aporte mínimo de R$ 14,11 (Rentabilidade: IPCA + 7,26% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2041 = Aporte mínimo de R$ 13,19 (Rentabilidade: IPCA + 7,25% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2042 = Aporte mínimo de R$ 12,34 (Rentabilidade: IPCA + 7,23% ao ano)
  • Tesouro Educa+ 2043 = Aporte mínimo de R$ 11,54 (Rentabilidade: IPCA + 7,22% ao ano)